sexta-feira, 10 de julho de 2009







15/6/2009 - Entrevista com o jornalista Eduardo Costa, da Rádio Itatiaia

Em uma segunda – feira (15 junho) conturbado encontramos Eduardo Costa na movimentação da Rádio Itatiaia (610 AM e 95,7 FM), em um canto ele nós concede esta entrevista entre o entra e sai de repórteres e produtores e ao som de inúmeros telefones da redação com possíveis noticias. Há 24 anos na rádio Itatiaia o jornalista Eduardo Costa se mostra incansável e apaixonado pelo que faz, na emissora ele já fez coberturas memoráveis. Em 1990 foi o primeiro repórter que entrou na casa, onde o Coronel Edgar Soares era mantido em Cativeiro pelos detentos que o sequestraram na Penitenciária de Segurança Máxima Contagem (MG), entrevistou com exclusividade o Papa João Paulo II, no mesmo avião que o trouxe da Itália, em sua Viagem ao Brasil e quase foi carregado pelo Rio Arrudas em uma de suas cheias em Belo Horizonte.
Agora você poderá conferir o bate papo sobre a carreira e o programa “Chamado Geral” que Eduardo Costa comanda na rádio de segunda á sábado.

No livro “O que é jornalismo”, Clóvis Rossi diz que jornalismo e uma batalha por mentes e corações. Pra você o que ser jornalista?
Quisera eu para ter o talento de Clóvis Rossi e o tempo que ele deve ter para fazer as colunas e as entrevista, enfim o trabalho dele para batalhar por mentes e corações.
Eu tento sobreviver do stress que vocês poderão perceber aqui na rádio e procuro ser o mais verdadeiro possível a informação, pois e difícil ser verdadeiro por que a verdade e algo complexo, mas pelo menos ser o mais a fiel possível a informação.

Alguma história te marcou de forma especial ao longo de sua carreira? Qual foi a maior dificuldade em cobrir esta história?
O episodio de agosto de 1990, quando ouve uma rebelião de presos na Penitenciária de Segurança Máxima em Contagem (MG) e os cinco prisioneiros me deixaram entrar na casa onde tinha o Coronel Edgar Soares mantido em Cativeiro. Entrei na casa para fazer entrevista com os detentos e com o Coronel. A diferença evidentemente e saber que eu estava em um ambiente hostil e que qualquer coisa muito grave poderia acontecer já que todos estavam armados, fora a tensão á dificuldade era conseguir transmitir com a emoção que o rádio exige e ainda fazer a entrevista com o porta voz dos bandidos e com o coronel, eu ficava com o joelho escorado no sofá por que minha pernas tremiam muito.

O programa “Chamada Geral” que você apresenta de segunda á sábado na rádio Itatiaia traz para os ouvintes entrevistas ao vivo e notícias da hora. Quais as dificuldades na produção do programa?
Nós não temos um super produção a rádio e um veículo médio, temos uma estrutura muito enxuta então tenho uma pessoa que me ajuda e faço outras coisas para o programa. Na medido do possível vamos juntado o que não vai ser vinculado nos jornal, assim damos foco nas noticias policias e cidade.
A grande dificuldade e você conseguir ser interessante sem ser repetitivo e ser interessante sem ser sangrento, pois eu não quero abrir mão de pessoas que pensam ouvindo o programa por isso que temos uma pitada de cidade, humor e comentário sobre as coisas mazelas da vida.

Por que você escolheu trabalhar em rádio? Qual o diferencial desta mídia?
Eu não escolhi, surgiu à oportunidade de fazer estagia, ai sim eu me apaixonei, depois tive a oportunidade de fazer jornal e ainda faço uma coluna atualmente e televisão, mas a TV me parece muito formal, o jornal muito frio já o rádio é interação. O rádio e esta cobrança permanente se você fala alguma coisa errada o ouvinte liga na hora se fala algo bonita ele se emociona na hora, enfim e o veículo que pulsa mais por isso que eu gosto.

No mês de março o jornalista esportivo Cósme Rímoli de São Paulo, entrevistou o técnico do Cruzeiro Adilson Batista. Na entrevista o técnico chama os jornalistas mineiros de iniciantes, despreparados e sem crédito. Qual a sua opinião sobre o episódio?
Toda generalização para mim e burra, mas ele teve o mérito de falar, pois eu percebo que vários outros pensam como ele e se comporta assim, ele pode eventualmente ter razão em relação a um e outro jornalista, mas a generalização eu repito e burra.

Já ocorreu de você publicar uma entrevista e depois da repercussão a fonte voltar a atrás, falando que era em Off?
Isso e muito difícil no rádio, pois agente grava as coisas mais serias, mas acontece semana passada eu denunciei na rádio que cinco vereadores tinham sido eleitos pelo trafego, ou por ajuda dele e disse as regiões. Eles vieram, reclamaram muito na rádio e me pressionaram, com não entrou o Ministério público e nem a polícia no meio eu amaciei o discurso na rádio.
Agora quem vai e volta toda hora feito poço d’água não cria credibilidade, eventualmente podemos voltar atrás ou ajeitar o que disse, mas se fizemos isto toda hora não criaremos credibilidade.

No mês de Abril o jornalista Ricardo Noblat esteve na academia mineira de letras e fez críticas ao Governo de Minas e na forma da imprensa mineira em cobrir - lo. Qual a sua opinião sobre o Governador Aécio Neves?
Na primeira eleição eu não votei nele, talvez ele não seja tão bom e que os anteriores eram tão ruins que eu gostei do primeiro mandato e gosto do segundo e acho que ele tem uma equipe muito boa de serviço, a começar pelo o vice que faz as coisas funcionar muito bem, então eu aprovo o governo do Aécio Neves. Penso que há excesso de publicidade como há em todos, agora este negocio que ele cala a imprensa, quem se cala e os próprios funcionários acomodados, eu não estou proibido de fazer críticas e faço diariamente à segurança, a saúde, enfim dou minhas “porradas” no rádio.

Atualmente estão querendo acabar com a obrigatoriedade de diploma para o curso de jornalismo. Qual a sua posição sobre a obrigatoriedade do diploma?
Foi com os não diplomados que aprendi boa parte do que sei, e não tiraria nenhum deles do rádio, mas defendo sim a obrigatoriedade do diploma, pois na faculdade temos a oportunidade de ter uma visão maior e macro da sociedade. Na faculdade temos condições de pensar em estragos que podemos causar em vidas, pois uma ponte feita por um engenheiro não habilitado pode cair e matar dez, uma cirurgia feita por um médico não habilitado pode matar um paciente e uma informação mal dada, um trabalho jornalístico mal feito pode causar um estrago muito grande.

Para finalizar gostaria que você comentasse a frase que esta no seu perfil no site da rádio Itatiaia “Ou distribuímos o pão ou não viveremos em paz”?
O que quero dizer com isto e que eu estou com minha vida arrumada minhas filhas tem conforto mais tem medo de sair de casa, então se eu quiser juntar mais se não olhar o menino do lado, se não ajudar ele a ter o pão, ele pode acaba matando ou estuprando minha filha. Ainda que o cara não queira ser humano, ainda que não queira ser gente e inteligente partilha, por que nos estamos indo para um caminho que vai ficar uma minoria abarrotada de erro trancada dentro de casa.

(Islano Lima e Viviana Santos)


MORADORES DE RUA SOFREM COM O FRIO EM BH


Moradores de Rua de Belo Horizonte sofrem com a temporada de frio, segundo o último censo da prefeitura existem na capital 1.200 adultos que não tem onde morar. Destes quase 80% são homens. Com a chegada do inverno aumenta o trabalho dos assistentes sociais e voluntários que tentam converse-los a ir para os abrigos.Eles passam frio e humilhações nas ruas de BH, grande parte são vitimas de alcoolismo e viram a vida mudar de rumo depois de perde o emprego.

Encontramos na calçada na rua da Bahia próximo ao parque municipal o morador de rua João Almeida, 50 anos nascido em Sabará região metropolitana de Belo Horizonte, pai de 2 filho, Leandro e João da silva. Ele diz ter vindo para as ruas depois de ter separado da esposa: “Estou a tanto tempo na rua que nem lembro quantos anos”; afirma Almeida. Segundo ele procura ajuda no Centro de Referência de atendimento a população de rua “lá eu tenho a oportunidade de tomar banho, para alimentar sempre vou ao bairro Santa Efigênia, lá tem um grupo espírita que nos dar sopa e marmitex” ele afirma que em ambos e bem atendido.

João Almeida como todo morador de rua da capital diz sentir muito frio nas ruas: “Mesmo com agasalho sinto muito frio de madrugada ai procuro um marquise e fico debaixo, quando chove e a mesma coisa procuro um lugar quentinho e fico lá”; afirma. Desempregado Almeida diz ter trabalhado como metalúrgica na empresa Usiminas em Ipatinga e depois vendia nas ruas de Belo Horizonte jornais.
Deitado no chão frio com um cobertor de cor marrom que a ganhou de um morador no bairro floresta ele diz: Jesus não é Protestante nem Católico, pois Jesus não tem religião tem amor e caridade por todos nós.
Na rua Tupis enfrente uma drogaria encontramos o morador de rua Luizete Silva sem agasalho e pedindo esmola. Ele disse ser pai de dois filhos Wanderson Silva e Jaqueline Silva e morar na rua já faz 3 anos. Segundo Luizete Silva ele deixou a família em Ilhéus na Bahia e sobrevive nas ruas de esmola, pois não recebe ajuda do governo e nem de ONGs.
Segundo a prefeitura da capital neste período de inverno a operação para atender os sem-teto do frio foi intensificada, o número de agentes nas ruas subiu 40%, de acordo com a PBH. O centro de referência de atendimento a população de rua localizado na Avenida do Contorno, 10.852 mantido pela prefeitura dar a oportunidade de higienizarão, guarda-volume, lavagem de roupas acampamento social e lazer. Um dos projetos e a quarta cultural onde os moradores de rua têm a oportunidade de participar de atividades culturais.
Em reportagem ao portal G1 Helizabeth Ferenzini, gerente da coordenação das ações para a população de rua disse: "A partir do serviço de abordagem é feito toda a sensibilização e encaminhado para os serviços e equipamentos, que existem para atender a população em situação de rua". Segundo a Helizabeth Ferenzini quando eles não querem ir para o abrigo ou para os albergue e respeitada a vontade deles.“O grande dificultador é esse comprometimento, principalmente pelo alcoolismo" afirmou Ferenzini .
Desprezados por grande parte da sociedade a população de rua sobrevive de doações e da solidariedade de grupos sociais e religiosos.


"Jesus não é Protestante nem Católico, pois Jesus não tem religião tem amor e caridade por todos nós. " (João Almeida morador de rua de BH)



sábado, 4 de julho de 2009

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 .



"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

Seu Mestre Mandou



Hoje estava ouvindo esta música da Pitty e lembrei das aulas de teoria da comunicação, pois é como nós somos envolvidos pela mídia.

Composição: Pitty


Seu Mestre Mandou

Da a pata, senta, deita
Não respire, apague a luz
Vote em mim e não discuta
Tenha fé, carregue a cruz
Seja livre, mas nem tanto
Pode criar, mas eu digo o que
Assine as três vias, entregue e aguarde,
não se preocupe, eu aviso a você!
Não se informe,deixa comigo,
Durma tranquilo, confie em mim
Não se importe, sem problemas,
Deixa que eu resolvo daqui
Pra que emprego, que coisa chata
Aproveite o Carnaval
Mesmo sem luz, proteção nem dinheiro
Por favor, não mude o canal

Seu Mestre Mandou

Compre sua roupa na loja mais cara
Entre na moda, ai vem o verão
Use, abuse, finja que manda,
Mas viva com o olho aberto se não...

E Daqui a pouco vão querer
Morar em você
Vão querer
Morar querer você
E Daqui a pouco vão querer
Morar em você

Seu Mestre Mandou...