sexta-feira, 10 de julho de 2009


MORADORES DE RUA SOFREM COM O FRIO EM BH


Moradores de Rua de Belo Horizonte sofrem com a temporada de frio, segundo o último censo da prefeitura existem na capital 1.200 adultos que não tem onde morar. Destes quase 80% são homens. Com a chegada do inverno aumenta o trabalho dos assistentes sociais e voluntários que tentam converse-los a ir para os abrigos.Eles passam frio e humilhações nas ruas de BH, grande parte são vitimas de alcoolismo e viram a vida mudar de rumo depois de perde o emprego.

Encontramos na calçada na rua da Bahia próximo ao parque municipal o morador de rua João Almeida, 50 anos nascido em Sabará região metropolitana de Belo Horizonte, pai de 2 filho, Leandro e João da silva. Ele diz ter vindo para as ruas depois de ter separado da esposa: “Estou a tanto tempo na rua que nem lembro quantos anos”; afirma Almeida. Segundo ele procura ajuda no Centro de Referência de atendimento a população de rua “lá eu tenho a oportunidade de tomar banho, para alimentar sempre vou ao bairro Santa Efigênia, lá tem um grupo espírita que nos dar sopa e marmitex” ele afirma que em ambos e bem atendido.

João Almeida como todo morador de rua da capital diz sentir muito frio nas ruas: “Mesmo com agasalho sinto muito frio de madrugada ai procuro um marquise e fico debaixo, quando chove e a mesma coisa procuro um lugar quentinho e fico lá”; afirma. Desempregado Almeida diz ter trabalhado como metalúrgica na empresa Usiminas em Ipatinga e depois vendia nas ruas de Belo Horizonte jornais.
Deitado no chão frio com um cobertor de cor marrom que a ganhou de um morador no bairro floresta ele diz: Jesus não é Protestante nem Católico, pois Jesus não tem religião tem amor e caridade por todos nós.
Na rua Tupis enfrente uma drogaria encontramos o morador de rua Luizete Silva sem agasalho e pedindo esmola. Ele disse ser pai de dois filhos Wanderson Silva e Jaqueline Silva e morar na rua já faz 3 anos. Segundo Luizete Silva ele deixou a família em Ilhéus na Bahia e sobrevive nas ruas de esmola, pois não recebe ajuda do governo e nem de ONGs.
Segundo a prefeitura da capital neste período de inverno a operação para atender os sem-teto do frio foi intensificada, o número de agentes nas ruas subiu 40%, de acordo com a PBH. O centro de referência de atendimento a população de rua localizado na Avenida do Contorno, 10.852 mantido pela prefeitura dar a oportunidade de higienizarão, guarda-volume, lavagem de roupas acampamento social e lazer. Um dos projetos e a quarta cultural onde os moradores de rua têm a oportunidade de participar de atividades culturais.
Em reportagem ao portal G1 Helizabeth Ferenzini, gerente da coordenação das ações para a população de rua disse: "A partir do serviço de abordagem é feito toda a sensibilização e encaminhado para os serviços e equipamentos, que existem para atender a população em situação de rua". Segundo a Helizabeth Ferenzini quando eles não querem ir para o abrigo ou para os albergue e respeitada a vontade deles.“O grande dificultador é esse comprometimento, principalmente pelo alcoolismo" afirmou Ferenzini .
Desprezados por grande parte da sociedade a população de rua sobrevive de doações e da solidariedade de grupos sociais e religiosos.


"Jesus não é Protestante nem Católico, pois Jesus não tem religião tem amor e caridade por todos nós. " (João Almeida morador de rua de BH)



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