segunda-feira, 30 de março de 2009

Querer depois

E depois,então que conquistar o último desafio,


quando aprender a voar,

quando achar que já tem tudo

o que vai querer?

o que vai querer?

o que vai querer depois?

o que vai querer depois?

(Pitty)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Amigos

 
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”


Fernando Pessoa


Desabafo




Gostaria de desabafa, mas nem sempre isto foi possível.

Desabafar sobre a desigualdade social, sim até tentei, mas fui impedido, pois grande parte da sociedade que está excluída não consegue compreender o que é desigualdade social.



Desabafar sobre o analfabetismo com o governo, mas também fui impedido, afinal eles preferem uma sociedade ignorante, assim e mais fácil enganar.



Desabafar sobre a igualdade de gêneros, tentei novamente e sofri outro impedimento, pois vivemos em uma sociedade hipócrita que prefere crítica o desconhecido e ditar o que é ou não normal.



Desabafar sobre as drogas, não deu certo, afinal de contas elas são mais acessíveis do que o feijão com arroz.



Desabafar sobre a pobreza. Falhei de novo, pois ela não tem voz no Brasil.



Desabafar sobre o governo, ai sim fui mais do que impedido, não preciso nem falar o porquê aqui né!



Então fico igual o Marcelo D2 na sua nova música Desabafo: “Deixa pra lá eu devo ta viajando. Enquanto eu falo besteira nego vai se matando”.

Islano Lima

quinta-feira, 19 de março de 2009

MINHAS SENHAS



Hoje não vou poder fazer nada, pois esqueci as minhas senhas. Ficarei aqui esperando minha memória volta e ai sim viverei de novo, afinal não da pra viver sem as minhas senhas.

Talvez eu saia na rua, faça caminhada, mas não passarei no banco para sacar o meu dinheiro, afinal esqueci as minhas senhas.

Nesse trajeto passarei pela dona Alzira que estará sentada em frente a sua casa e ira dizer: Em plena sexta-feira e você de folga. “Direi a ela, não vou trabalha hoje, pois esqueci as minhas senhas”.

Talvez um amigo me grite na rua e me chame para almoçar, direi: “Não posso ir com você, pois esqueci as minhas senhas”. Ele não entenderá nada, até por que ele não sabe que o meu cartão lanche e de senha. E eu esqueci as minhas senhas.

“Será que é 93,não é 75,mas 75 e o final ou o início e 93". Sei que muitas pessoas vão pensar que estou ficando doido por fala sozinho na rua, mas o que eles não sabem e que esqueci as minhas senhas.

Certamente depois de tudo isso, voltarei para minha casa com o sentimento de esta o “pelado”, pois não lembrei as minhas senhas.

Tomarei um banho na intenção de lembrá-las, enquanto a água cai sobre minha cabeça. Depois sentarei enfrente meu computador para mandar um e-mail para meu patrão a fim de justificar minha ausência na empresa, mas não vou conseguir, pois esqueci as minhas senhas.

A intenção seria de escrever assim: “Caro supervisor não vou comparecer a empresa hoje, pois esqueci a senha do meu perfil, do Ronda, Stc, Peregrine, Cms e da impressora, devido a este acontecimento você ira concordar que seria impossível trabalha hoje.”

Ainda enfrente do computador ficaria imunizado já que esqueci a senha do Orkut, Facebook, MSN e do meu cartão de débito que sempre uso para fazer compras na internet.

Às vezes me pergunto por que não existe uma senha da memória humana, se isso fosse possível, anotá-la-ia em um papel e guardaria em baixo de meu colchão para que ninguém tivesse acesso e a próxima vez que eu tivesse um ataque de stress e esquecesse, era só pegar minha senha da memória assim lembraria tudo.

Hoje não estou preocupado com as guerras, com a crise financeira e nem com a vitória de Barack Obama (que sinto grande admiração), pois o que me importa são minhas senhas.

Quantas e tantas pessoas já não sofreram estar dor de não viver por ter esquecido as senhas? Uma senha e um pedaço de você, todas são uma vida.

Então depois de pensar muito voltaria para minha cama, e ficaria onde estou vegetando na esperança de voltar a viver na segunda-feira quando pretendo já ter lembrado as minhas senhas.



Islano Lima



(Fiz esta crônica no primeiro 1° período do curso de Jornalismo)